El Burlador de Sevilha: mentira e honra no teatro do século de ouro.
DOI:
https://doi.org/10.47677/gluks.v21i2.262Palavras-chave:
Século de Ouro, Teatro, Honra, Mentira, Tirso de MolinaResumo
Os séculos XVI e XVII marcam um período de grande efervescência cultural na sociedade espanhola. Tal período é comumente conhecido como Século de Ouro. No centro dessa agitação artística, a literatura dramática cresce e ganha maior destaque. Entremezes, bailes, loas, mogigangas, autos sacramentais são alguns dos diversos gêneros que florescem nessa época. Contudo, as comédias se sobressaem desde o ponto de vista artístico e literário-dramático. De modo geral, o teatro áureo possui um forte vínculo com a cultura popular, sendo comum encontrar obras cujos temas giram em torno de paixões humanas, choques sociais, problemas do mundo ou questões puramente religiosas. Havia, entretanto, uma temática sobre a qual frequentemente pairava a atenção dos dramaturgos: a honra. Dentro da sociedade barroca aurisecular, a preservação da honra era uma das grandes preocupações que regiam a vida dos cidadãos de então. Para preservá-la, a mentira surgia como meio eficaz e, até mesmo, louvável e digno. Tirso de Molina, assim como outros autores, não hesitou em criar peças nas quais o jogo entre honra e mentira estivesse presente. El Burlador de Sevilla é um exemplo que ilustra bem a justaposição de ambos elementos na composição da obra dramática e de seus personagens.
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