A expressão subjetiva e musical em Les Lauriers Sont Coupés de Édouard Dujardin
DOI:
https://doi.org/10.47677/gluks.v24i3.472Palavras-chave:
Édouard Dujardin romance simbolista; poesia; música; monólogo interior.Resumo
Objetiva-se com este artigo analisar de que maneira o romance Les lauriers sont coupés (1887), de Édouard Dujardin, reproduz o pensamento em formação, além de investigar a forma como aprofunda a expressão subjetiva, tendo em vista seu surgimento no contexto simbolista, bem como sua expressão em primeira pessoa. A obra representou um marco na história da literatura, no final do século XIX, no que diz respeito à evolução da instância narrativa, uma vez que emprega o monólogo interior, contínua e majoritariamente, de modo a focalizar não mais os fatos, mas a sua duração, causando uma dissolução do enredo e das personagens, além de exaltar a poesia do instante presente. No entanto, o mérito do autor só foi reconhecido graças à publicação de Ulysses, de James Joyce, apogeu, até os dias atuais, da representação literária do pensamento. Ao emprego contínuo e introspectivo do monólogo está implicado o movimento de libertação da poesia promovido pelos poetas simbolistas, bem como o intento desta expressão estética de aproximar a música à poesia.
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