Reflexos do pacto de Dorian Gray
reflexões sobre o tempo, imagem, arte e vida
DOI:
https://doi.org/10.47677/gluks.v24i3.478Palavras-chave:
Tempo, romance, sombra, aparência, essência.Resumo
O presente artigo examina o impacto literário, cultural e psicológico da obra O Retrato de Dorian Gray, de Oscar Wilde, enfocando as complexas intersecções entre identidade e moralidade. Inicialmente, a análise explora a dualidade entre aparência e essência, evidenciada pela dissociação entre a juventude imutável de Dorian e a corrupção de sua alma, simbolizada no retrato. Sob uma perspectiva junguiana, o artigo investiga o conceito de "sombra" e o conflito interno gerado pelo narcisismo e pelo hedonismo exacerbado, propondo uma leitura crítica da degeneração moral como reflexo de uma identidade fragmentada. A investigação destaca como Wilde problematiza a relação entre estética e ética, propondo uma reflexão sobre as consequências do materialismo e da busca incessante por prazeres efêmeros, desconsiderando a integridade moral e espiritual. Assim, o artigo posiciona O Retrato de Dorian Gray como uma crítica atemporal à alienação do sujeito frente à moralidade e à busca desmedida pela beleza e pelo prazer.
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