Mito e religiosidade na representação sério-cômica da Covid-19: a polêmica da (hidroxi)cloroquina em charges
DOI:
https://doi.org/10.47677/gluks.v21i01.246Keywords:
Covid-19, cloroquina, mito, religiosidade.Abstract
O presente artigo analisa e compara charges, produzidas no Brasil e na França, que giram em torno da polêmica sobre o uso da (hidroxi)cloroquina no tratamento da Covid-19. Tais charges representam, semiótica e dialogicamente, o discurso de defesa do medicamento pelo viés do mito e da religiosidade, como estratégias de desqualificação de duas figuras públicas: o Presidente Jair Bolsonaro e o médico e pesquisador Didier Raoult. Este estudo se inscreve, pois, no quadro de uma análise do discurso que se interessa pela representação discursiva de saberes elaborados na esfera científica e “relidos” em discursos de vulgarização científica, por meio dos quais os fatos sociais adquirem ampla repercussão junto ao público de não especialistas. Desse modo, a Covid-19, em sua representação figurativa e temática, passa a configurar-se também como uma pandemia política e midiática.
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