Relações entre emoções docentes e ensino de linguagens durante a pandemia

Abstract

Este artigo fundamenta-se nos conceitos de emoção, reflexão e conversação à luz do quadro teórico da Biologia do Conhecer para investigar as emoções atreladas às experiências de ensino de linguagens de docentes de um Instituto Federal, durante a pandemia da Covid-19. Nesse sentido, este estudo reporta resultados parciais de uma pesquisa em andamento acerca da maneira como as emoções de professores se relacionaram com as tecnologias digitais na pandemia. Trata-se de uma pesquisa qualitativa com análise interpretativa de um dos instrumentos utilizados na pesquisa, o questionário inicial, com base na Análise de Conteúdo. A partir das análises e discussões dos resultados, observou-se alguns fatores que contribuíram para um determinado emocionar docente na pandemia, tais como: as relações entre os docentes e os estudantes; as relações com a instituição e com a formação continuada; as consequências da pandemia na saúde emocional dos professores. Essas relações contribuíram para a predominância de emoções associadas a: medo, ansiedade, exaustão, desânimo e frustração. Esses resultados parciais da pesquisa ratificam que o emocionar patriarcal, que fundamenta a cultura política das emoções contemporâneas, limita a expansão das relações de ensino-aprendizagem otimizadas e que é premente falar e agir sobre ele nos espaços educacionais.