Ecos de uma perspectiva crítica na formação universitária de professores de línguas
DOI:
https://doi.org/10.47677/gluks.v20i1.187Keywords:
Formação universitária, Perspectiva crítica, professores de línguasAbstract
Este artigo apresenta a análise de um curso de Letras português/inglês da Universidade Estadual de Goiás, com a finalidade de refletir sobre a perspectiva crítica na formação universitária de professores/as de línguas. O estudo surge de alguns questionamentos: o que é uma perspectiva crítica na formação de professores de línguas? Qual é a concepção de língua para essa perspectiva? Os documentos que direcionam o curso apresentam elementos alinhados aos princípios críticos? Quais as percepções dos professores em formação universitária? Partindo do pressuposto que é fundamental envolver professores/as em formação universitária em um fazer pedagógico crítico, conectado à diversidade cultural e linguística, buscamos identificar as políticas que norteiam esse curso e compreender como ecoa os princípios da linguística aplicada crítica nas vozes dos participantes de pesquisa. Nesse sentido, a partir de um estudo de caso, propomos uma articulação dessas políticas à epistemologia crítica defendida por Pennycook (2001, 2018), Pessoa (2019) e Urzêda-Freitas e Pessoa (2012). Compreendemos que para se pensar uma formação crítica é preciso partir de uma concepção de língua como instrumento de transformação social e essa concepção deve se apresentar nos documentos norteadores, nas escolhas dos textos e na praxis.
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